sábado, 20 de junho de 2015

De 600 para 1600!

Chegou ao fim esta feliz união: a Shadow 600 foi embora.

Depois de 2 anos rodando juntos diariamente, encarando asfalto e terra, a melhor moto que eu já tive até então foi embora.

Mas se era tão boa, por que vendeu?

Pois é... a Shadow tinha muitas qualidades e era uma moto que eu já conhecia bem, mas eu ainda sentia falta de mais motor.

Mais do que 600cc?

Sim, mais do que 600cc!

Aqui abro um parênteses... 600cc não é pouca coisa e arrisco dizer ser a cilindrada ideal para quem vai rodar mais na cidade mas tem pretensão de pegar estrada esporadicamente.

Como entrei em 2015 com a idéia de viajar bem mais, e a oportunidade de trocar de moto apareceu, comecei à dar aquela pesquisada nas opções do mercado.

De cara, descartei motos muito mais velhas.

Tenho um tesão pela Intruder 1400, coisa de paixão mesmo, mas preciso de uma moto que rode 7 dias por semana, sem dizer não. E se precisar de peças, não rola ficar esperando 30 - 45 dias.

Mesmo a Honda te deixa na mão por esse período de tempo, dependendo da peça da moto, no caso das customs, então decidi partir pra algo mais novo.

A Shadow 750 eu descartei. Nada contra a moto, acho bonita, já tinha a 600 e ela me causou uma boa impressão, porém o modelo mais antigo (aero) não me agradava esteticamente, além do que o preço estava um tanto alto (aqui em Curitiba) para uma moto com pouco mais de potência e considerável peso à mais.

Pelo mesmo valor, na real, até um pouco mais baixo, eu tinha a Harley Davidson Sportster 883 em suas várias configurações, à disposição, e como é uma moto que sempre gostei, comecei à considerar a compra e buscar preços.

Achei muita coisa boa... muita moto sendo vendida por "particulares" com bons acessórios, quilometragem baixa e preço razoável. Conversei com camaradas proprietários de Sportsters, rodei com suas motos e curti.

Notei que a moto é mais dura de suspensão, vibra mais, mas putz, o torque... o motor... bastante diferença para a guerreira Shadow.

Foi então que aconteceu uma reviravolta... fui nas lojas negociar as Sportsters e a minha Shadow 600, e vi a Dyna.
Aí a coisa abalou.

A diferença de preço da Dyna para a Sportster não é tão alta, porém a diferença de motor é muito considerável.

Sem contar que o tamanho da moto casa melhor com o meu porte, ainda mais garupado.

Acabou que pesquisei muito, procurei muito e achei uma moto em excelente estado, boa de acessórios (inclusive com um Powervision da Dynojet, para poder regular a injeção eletrônica sozinho) e num preço justíssimo, e abracei.

Desde então, só alegrias.

No começo estranhei um pouco a vibração da moto, principalmente em baixas rotações, mas depois que acostumei, putz... 1.600cc é coisa pra caramba.

Enfim... já estou com a moto tem alguns meses, em breve posto algo sobre as impressões e alguns vídeos.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Como encarar os “dias de cão”?

Bom, eu me fiz essa pergunta alguns dias atrás.

Olhei para tudo o que aconteceu desde o início das postagens, do blog e fui analisando tudo aquilo que aconteceu desde 2011.

Basicamente, o dia de um cão não é fácil.

É uma luta constante para sobreviver, seja no sentido literal, seja no sentido figurado em que você tenta sobreviver em meio ao marasmo, à mesmice, ao “cinza” da vida cotidiana.

Cheguei à conclusão de que a “sacanagem-da-vida” é cíclica... seja lá qual for a força motriz de tudo, ela vai e vem e é como uma maré pela qual você deve aprender à navegar, pelos altos e baixos das ondas.

Com a mesma facilidade com que você consegue conquistar tudo o que quer, a vida tira tudo o que pode de você, e não resta opção, você tem que cerrar o olhar e seguir em frente.
Nem tudo é ruim.

Você cresce, evolui, descobre-se, forja o caráter, para o bem e para o mal.

Cometi os mesmos erros que cometeram comigo, fiz coisas que foram contra o que eu achava certo, quebrei a cara, tanto a minha quanto a de outros, mas também tive vários acertos, descobri paixões, temperei o meu aço, amadureci.

A maior parte das postagens neste blog é sobre motos e assuntos relacionados à motos... mas essa paixão nasceu justamente numa das piores épocas da minha vida, e talvez, se tudo tivesse continuado no curso que estava antes, eu não teria descoberto que a vida em duas rodas é maravilhosa e o quanto ela me faz bem.

Os dias de cão continuam, nos seus altos e baixos, e a única forma de encará-los é valorizar os momentos ao sol, as boas estradas, as boas companhias, os prazeres, paixões e amores sabendo que talvez, dali a pouco, você esteja lutando para mantê-los ou esquecê-los, e que é assim que as coisas são.

Dog days never ending... ;)